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Das muitas coisas do meu tempo de criança
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Guardo vivo na lembrança o aconchego do meu lar
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No fim da tarde quando tudo se aquietava
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A família se ajuntava lá no alpendre a conversar
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Meus pais não tinham nem escola e nem dinheiro
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Todo o dia o ano inteiro trabalhavam sem parar
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Faltava tudo mas a gente nem ligava o importante não faltava
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Seu sorriso e seu olhar
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Eu tantas vezes vi meu pai chegar cansado
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Mas aquilo era sagrado um por um ele afagava
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E perguntava quem fizera estripolia
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E mamãe nos defendia e tudo aos poucos se ajeitava
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O sol se punha, a viola alguém trazia
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Todo mundo então queria ver o papai cantar com a gente
D# Dm
Desafinado meio rouco voz cansada
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Ele cantava mil toadas, em seu olhar no sol poente
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Correu o tempo e hoje eu vejo a maravilha
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De se ter uma família quando tantos não a têm
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Agora falam do desquite do divórcio
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O amor virou consórcio compromisso de ninguém
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Há tantos filhos que bem mais que um palácio
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Gostariam de um abraço e do carinho entre seus pais
D# Dm
Se os pais amassem o divórcio não viria
Gm Cm
Chamam a isso Utopia
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Eu a isso chamo paz
Tempo: Festas e Solenidades
Dia: Sagrada Família
Compositor: Padre Zezinho